vista parcial Escola Gabriel e Igreja Matriz - Itaberá-SP

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Canteiros


Essa emblemática questão de formação do educador remete-me a uma metáfora: a arte do cultivo.
De um lado estão os personagem principais: natureza e  vida, sempre renascendo. É neste contexto que apresento minhas reflexões sobre as mudanças que as TICs provocam na vida do professor.
A arte de revirar o solo, lançar a semente, regar vem se modificando continuamente. A beleza do broto que rasga o seio da terra só acontece a partir das mãos habilidosas do lavrador. Como professora posso escolher o tipo de canteiro que pretendo cultivar e preparar  minha própria colheita. Para isso preciso selecionar a minha semente e adubá-la adequadamente o que remete ao pensamento de Nóvoa, a exigência da competência de organização e de compreensão do conhecimento.
Sempre ouvi minha avó dizer que existem pessoas que tem mão para o plantio. Acho que esses indivíduos sabem mesmo é utilizar sua  experiência individual, transformando-a em conhecimento através da análise sistemática de suas práticas de trabalho, sejam eles individuais e coletivos.
O professor em certos momentos se assemelha a este lavrador muitas vezes estigmatizado na sociedade atual e que sabe muito bem o valor do aprender a aprender continuamente conforme as circunstâncias exigem.
 Valente se refere a  arte de construção do conhecimento descrevendo que o sucesso está em ser um caçador ativo da informação ou receptor-passivo.
Quer seja um professor ou lavrador devemos ressignificar nossa aprendizagem continuamente sempre sob o prisma da teoria de fluxo, visto que na atualidade é impossível não aceitar a inovação midiática como algo que pode produzir excelentes frutos.
Para Blikstein e Zuffo o principal argumento para o uso das TICs na  construção do conhecimento é o fato de que o computador, as tecnologias digitais e a Internet são revolucionários exatamente porque, sendo matéria-prima digital, multiforme e de relativo baixo custo, podem ser reinventadas no quintal – onde seremos ao mesmo tempo produtores e consumidores.
Ceifar o conhecimento a partir dessas ferramentas é então o centro deste desafio denominado formação de educador.

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